Com pedido de vista no STJ, desfecho de julgamento do Crime da 113 Sul será pausado e retomado após 60 dias — prazo prorrogável por mais 30
Ainda não será nesta terça-feira (11/3) que haverá um desfecho para o caso que envolve Adriana Villela, acusada de ser mandante do triplo homicídio conhecido com o Crime da 113 Sul. O ministro Sebastião Reis Junior, presidente da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pediu vista do processo. Dessa forma, o julgamento tanto do recurso da defesa da arquiteta quanto do pedido de prisão imediata será pausado e retomado após 60 dias — prazo esse prorrogável por mais 30.
Sebastião pediu vista após um longo voto do relator, Rogério Schietti, pela prisão imediata de Adriana, mantendo, assim, a condenação do Tribunal de Justiça (TJDFT) que previa 61 anos de prisão para a arquiteta.
Schietti citou que os jurados decidem por senso de Justiça, não amparados por razões estritamente jurídicas. “Fazem de modo sigiloso e sem possibilidade de comunicação entre eles, os julgadores”, afirmou. “Se as provas indicam duas soluções possíveis, a decisão do jurado que opte por qualquer uma delas não pode ser considerada arbitrária e contrária à prova dos autos.”
Defesa
Os advogados de Adriana pediam que a Corte anulasse o júri, que a condenou a arquiteta a mais de 60 anos pela morte dos pais e da empregada da família. Os advogados Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Marcelo Turbay, que fazem a defesa da ré, alegam que houve parcialidade de uma das juradas – a mulher se manifestou nas redes sociais contra o advogado da defesa e mentiu perante o juiz.